A Comissão Permanente de Heteroidentificação (CPH) da Universidade Federal de Roraima (UFRR) realizará, no dia 30 de maio, mais um evento que integra as ações de formação contínua em letramento racial promovidas pela Comissão. Com o tema “Pensar o colorismo no processo de Heteroidentificação”, o evento ocorre a partir das 16h, no auditório do Programa de Pós-Graduação em Letras (PPGL).
As inscrições serão realizadas presencialmente no dia do evento. Ao todo, serão disponibilizadas 50 vagas para servidores, estudantes e demais interessados em se aprofundar sobre o conceito de colorismo no contexto das políticas raciais.
A mesa de debate contará com a participação de Antonia Pedrosa, mestranda em Educação pela UFRR, educadora antirracista e ativista dos movimentos feminista (Numur) e negro (MNU); Antonio Batata, coordenador estadual do Movimento Negro Unificado em Roraima; e Manoel Lobo, historiador e doutorando. A mediação será feita por Francisco Alves.
A proposta da formação é contribuir para o letramento racial dentro da universidade, Segundo o professor Francisco Alves, presidente da CPH/UFRR e docente do curso de Artes Visuais da UFRR, a proposta da ação “é que o letramento racial seja constante na UFRR, uma vez que têm sido evidenciado casos de racismo, alertando, assim, para a necessidade de educação para a diversidade”, afirma.
Para ele, a iniciativa também representa um enfrentamento direto ao racismo institucional. “Nosso trabalho na CPH/UFRR é sensibilizar as pessoas de que a reparação histórica é um direito dos povos historicamente violentados e dizimados”, destaca.
“O colorismo é um tema complexo, que causa muitas dúvidas na população em geral, bem como na comunidade acadêmica”, explica Alves. “Assim, para combater a desinformação elegemos este tema como forma de construção coletiva do pensamento e aprimoramento das práticas para a aferição e para o letramento racial”.
Alves lembra ainda que as ações de formação contínua em letramento racial da CPH/UFRR estão previstas em resolução interna da universidade. Segundo ele, a intenção é que os eventos ocorram mensalmente. “Queremos criar um fluxo formativo constante para a comunidade acadêmica e externa”, reforça.
